segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Impeachment

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Enquanto escrevo os senadores da República estão decidindo o futuro do governo da presidente Dilma. Mesmo não sendo um senador, já vou adiantando meu voto, sou a favor do impeachment. Isto não significa que sou golpista e nem que morro de amores pelo draculeano Temer. A Dilma está caindo muito mais pela sua incompetência em governar o país do que por qualquer outra coisa. Calma, cai também pela voracidade com que a corrupção se apropriou do Estado. É claro que, se os números da economia fossem bons, não haveria impeachment. Ela cai pela sua teimosia em não reconhecer os fatos. Cai, principalmente, pela soberna de seu partido e de seu líder que se auto-iludem numa fantasia de que o Brasil só existe a partir da chegada de Lula ao poder. A mesma soberda que os fez imaginar que bastaria o aval do padrinho e tudo aconteceria num passe de magia. Não aconteceu. O poder serve aos desavisados uma poção inebriante. Quem dela bebe, se lambuza. E a embriaguês do poder impediu o PT de fazer uma adequada leitura das manifestações das ruas a partir de 2013, ironicamente, onde o PT foi forjado. Nestes dias o país está vivenciando fatos que serão estudados nos livros de história, só que a história continua e, muito provavelmente, logo estaremos de volta às ruas pedindo a cabeça dos corruptos de plantão.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Conectados


Enquanto aguardava a saída do professor da sala, num intervalo entre uma e outra aula, esperávamos no corredor eu e mais nove pessoas, observei que cada um estava isolado, ninguém conversava com ninguém. Um folhava o caderno, dois estavam de mão no bolso (eu e outro, hehe) e os outros sete estavam absortos em seus celulares. Cabeças curvadas, ombros arqueados e os dedos freneticamente digitando. É o mundo novo, o ciber espaço, a vida virtual que, ao mesmo tempo em que aproxima as pessoas distantes, pelas possibilidades de contatos que oferece, distancia os que estão próximos.
Logo no início da internet, com o surgimento do e-mail, que já é quase jurássico, cheguei a pensar que as pessoas iriam ler e escrever mais. Putz, que engano, a gurizada criou uma linguagem própria para a internet, uma gíria virtual. Hoje a coisa tá pior, ninguém escreve, só usam estas porcariazinhas chamadas de emotions, que a gente fica tentando decifrar o que significam.
Tenho colegas de sala de aula que ficam literalmente plugados na internet em plena aula e vão ao desespero quando a bateria do celular acaba. É um tal de caça tomada. Já vi vários usando celular acocorados junto às tomadas, enquanto o celular carrega. Não dão descanso pro coitado.
Assim estamos nos dias de hoje, conectados com o mundo e isolados ao mesmo tempo.

A Continência dos Atletas

Está rolando uma grande polêmica sobre os fato dos atletas olímpicos patrocinados pelas Forças Armadas prestarem continência durante a execução do hino nacional. Esta polêmica é um misto de ciumeira e de ranço ideológico.
Ciumeira na medida em que, atletas que receberam o apoio necessário, tornaram-se vitoriosos em seus esportes. Mas afinal, não é exatamente o que todos nós reclamamos? Não estamos sempre criticando a falta de incentivo aos desportistas, afirmando que só há apoio ao futebol e blá, blá, blá.
Vejo ai, também, um ranço ideológico, pelo fato deste apoio vir dos militares. Isto ainda assusta muita gente pelas lembranças do período da ditadura que vivemos, não há muito tempo. Sinceramente, militares cumprindo à constituição, respeitando as instituições democráticas e, ainda por cima, apoiando nossos atletas, não me assustam. Ao contrário, dá orgulho a cada execução do hino nacional e comemoração de ouro olímpico.
Certamente este incentivo é, ao mesmo tempo, uma forma do governo federal apoiar o esporte e uma maneira de dizer ao mesmo governo que, com apoio, nossos atletas se tornarão vencedores.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sobre política



Neste momento os senadores da república estão decidindo se o processo de impeachment deve seguir adiante e se haverá a votação final, de cassação ou não, da presidente Dilma. Ao mesmo tempo, muitas manifestações estão acontecendo país afora a favor da presidente afastada, pregando o fora Temer
Paralelamente a tudo isso, surgem a todo momento nos depoimentos da lava jato, denúncias de propinas pagas ao interino Temer, ao ex-presidente Lula, a Aécio Neves e ao Serra, ambos presidenciáveis. E agora, correr pra onde? Dá pra pensar que a presidência escangalha o caráter dos políticos. Claro que não é isso, é sabido que não é o cargo que faz o caráter das pessoas.
Assim como não é novidade que o PMDB do Temer é um bicho papão que está vorazmente se alimentando dos nossos pilas, desde o governo Sarney, também nos governos tucanos e petistas a coisa não foi diferente.
Isto tudo é muito triste, pois, nossas vidas são decidas na política, queiramos ou não. Mesmo aqueles que não gostam da política, têm suas vidas diretamente afetadas pelas decisões dos políticos. Exercer a cidadania na sua plenitude não é somente ir votar no dia das eleições. Ser cidadão é participar, discutir, influenciar, ajudar a decidir o rumo da história. Pode ser a história do seu bairro, da sua sala de aula, enfim, de toda a sociedade. Quando nos abstemos deste exercício, virando as costas para a política, estamos permitindo que dela participem apenas os corruptos, aqueles que estarão nas manchetes e nas denúncias das operações lava jato.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Afinal, sou brasileiro


Quero ver uma grande cerimônia de abertura das olimpíadas, apesar da Anita e do Safadão. 
Quero ver um espetáculo grandioso, sem atentados e com organização, que possa ser elogiado pelo mundo todo e nos deixe com sentimento de orgulho, apesar dos milhões que foram gastos, superfaturados é óbvio. Apesar dos políticos que se beneficiaram política e financeiramente falando.
Quero comemorar muitas medalhas conquistadas pelos nossos atletas, os mesmos que treinam sem apoio oficial, que muitas vezes contam somente com o apoio de uma mãe diarista que sai da cama as 4:00h e vai dormir depois da meia-noite, após um dia estafante de trabalho.
Quero chorar de emoção cada vez que ouvir o hino nacional, afinal, sou brasileiro.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A inSEGURANÇA NOSSA DE CADA DIA

Hoje é um dia atípico para os gaúchos com os protestos anunciados pelas polícias. Instaurou-se um certo clima de medo na população. Medo de não poder sair às ruas, pois não haveriam policias para garantir a segurança. Como assim? Então quer dizer que nos demais dias podemos ficar tranquilos que nossa segurança está garantida. Ops! Tem alguma coisa errada neste pânico anunciado. Nem o dia de hoje foi tão catastrófico e nem nos demais temos a proteção que necessitamos, pela qual pagamos bem caro em cada imposto recolhido.Quando se fala em segurança ou na insegurança que vivemos atualmente, sempre tem alguém para dizer que no tempo da ditadura não era assim. São os mesmos que acreditam que não havia corrupção naquela época. Grande engano. Roubos, assaltos e corrupção sempre houve, a diferença é que naquele período não eram divulgados como hoje. Claro que nos dias atuais aumentou a violência, assim como a instantaneidade da notícia. Naquele tempo não havia internet. Também não havia a liberdade de expressão e de informação que hoje temos. E justamente pela falta de liberdade é que não se sabia que a corrupção também campeava pelos altos escalões governamentais. Esta o Lula não pode dizer, que nunca antes na história desse país houve corrupção. É... talvez não com a mesma voracidade.Só para ilustrar, em 1980/81 fui assaltado duas vezes na rua, então não me digam que isto não havia, ainda era o período da ditadura militar. Nesta época se falava, não em público é claro, que nas obras das estradas, as licitações eram combinadas antes e cada construtora ganhava um trecho da obra. As mesmas construtoras que estão frequentando a Lava-Jato. No governo Sarney, o jornalista Jânio de Freitas, publicou um anúncio nos classificados da Folha de São Paulo contendo o resultado de uma licitação, cujos envelopes seriam abertos em data posterior à publicação. Tá bom, sei que já não era na ditadura, mas o Sarney é o filho dileto daquele período, legítimo representante do havia, e há, de pior em Brasília.