segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A escolha correta

Vereadores passeando com diárias que nós pagamos! Muitas pessoas afirmam que os políticos não prestam. Pode servir para alguns, mas é bom lembrarmos que político é gente, assim como em outras profissões, existem os bons e os maus exemplos. O problema é que na política, a impunidade garante a safadeza.
Quando um médico “vende” um atestado, é correto afirmar que a medicina não presta?
Uma notícia mentirosa, ou tendenciosa, é suficiente para acabar com a credibilidade do jornalismo?
É claro que a resposta a estas questões é um não. Os desvios de comportamento de alguns não podem servir para rotular todos os profissionais da mesma área de atuação. O perfil de tramposo, mau-caráter ou corrupto não é definido pela profissão ou pelo cargo público que a pessoa exerce, mas pelo seu próprio caráter. E este seu comportamento aparecerá em qualquer outra situação, seja no trânsito, na sua relação familiar e com seus amigos.
A política, ao contrário de outras atividades, nos dá a formidável chance de escolha. Nenhum político chega lá sozinho, ele precisa do nosso voto para se eleger. Somos nós que, melhorando a qualidade da nossa escolha, vamos melhorar a qualidade da política.
Não há fórmula mágica, temos que insistentemente tentar acertar na escolha. Somente quando soubermos exercer na plenitude o direito de escolha é que poderemos deixar de falar mal da política.