domingo, 17 de julho de 2016

Quanto vale uma vida?

Todos os dias recebemos notícias que nos dizem que pessoas têm suas vidas tiradas por conta da vontade de outras pessoas. Como assim!? Como alguém pode decidir, e por em prática, o fim da vida de outra pessoa?
Mas é fato, está acontecendo a todo momento, em todo lugar, na França, na Turquia, no Rio de Janeiro e na nossa cidade, em nossa volta.
Aconteceu na França quando, um maluco dirigindo um caminhão atropelou centenas de pessoas, matando mais de oitenta delas durante as comemorações da Queda da Bastilha, justamente a data mais importante para os franceses, símbolo da Revolução Francesa que pôs fim aos regimes tirânicos de reis e rainhas. Pois este atentado está sendo reivindicado pelo Estado Islâmico como sendo de sua autoria, por alguém que teria seguido sua orientação. Daí pergunto, que orientação é esta que decide pela morte de dezenas de pessoas? Não acredito que seja orientação de Alá. Um deus não daria tal ordem, pois creio que uma religião não precisa da morte para se impor sobre as outras, aliás, nenhuma religião deve impor-se às demais.
E na Turquia, quase trezentos mortos em uma tentativa malograda de golpe militar. Quem decidiu que aqueles que fossem contra ou a favor do golpe deveriam morrer? É claro que os que decidiram não morreram. Nem o presidente turco, nem o líder militar golpista e nem mesmo o líder religioso da oposição, que está bem longe da Turquia, nos Estados Unidos. Mas então pergunto, quanto valeu aquelas vidas?
Aqui no nosso país, que vive uma terrível crise na segurança pública, pessoas são mortas diariamente. Os assassinos matam porque a vítima reage, porque não tem dinheiro para entregar, neste caso a vida não vale nada. Matam para subir de posto na hierarquia da facção a qual pertencem.
Então, o valor de uma vida será definido não pelas suas próprias escolhas, mas, pelo que ela representa nas escolhas de seu assassino.