quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A inSEGURANÇA NOSSA DE CADA DIA

Hoje é um dia atípico para os gaúchos com os protestos anunciados pelas polícias. Instaurou-se um certo clima de medo na população. Medo de não poder sair às ruas, pois não haveriam policias para garantir a segurança. Como assim? Então quer dizer que nos demais dias podemos ficar tranquilos que nossa segurança está garantida. Ops! Tem alguma coisa errada neste pânico anunciado. Nem o dia de hoje foi tão catastrófico e nem nos demais temos a proteção que necessitamos, pela qual pagamos bem caro em cada imposto recolhido.Quando se fala em segurança ou na insegurança que vivemos atualmente, sempre tem alguém para dizer que no tempo da ditadura não era assim. São os mesmos que acreditam que não havia corrupção naquela época. Grande engano. Roubos, assaltos e corrupção sempre houve, a diferença é que naquele período não eram divulgados como hoje. Claro que nos dias atuais aumentou a violência, assim como a instantaneidade da notícia. Naquele tempo não havia internet. Também não havia a liberdade de expressão e de informação que hoje temos. E justamente pela falta de liberdade é que não se sabia que a corrupção também campeava pelos altos escalões governamentais. Esta o Lula não pode dizer, que nunca antes na história desse país houve corrupção. É... talvez não com a mesma voracidade.Só para ilustrar, em 1980/81 fui assaltado duas vezes na rua, então não me digam que isto não havia, ainda era o período da ditadura militar. Nesta época se falava, não em público é claro, que nas obras das estradas, as licitações eram combinadas antes e cada construtora ganhava um trecho da obra. As mesmas construtoras que estão frequentando a Lava-Jato. No governo Sarney, o jornalista Jânio de Freitas, publicou um anúncio nos classificados da Folha de São Paulo contendo o resultado de uma licitação, cujos envelopes seriam abertos em data posterior à publicação. Tá bom, sei que já não era na ditadura, mas o Sarney é o filho dileto daquele período, legítimo representante do havia, e há, de pior em Brasília.