quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Durante a Caminhada


Esta semana retomei minhas caminhadas, sim, isto mesmo, retomei, pois durante as aulas não estava conseguindo. E agora a pouco, durante a caminhada aqui no meu bairro, Granja Esperança, na metrópole Cachoeirinha, hehe, no interior da praça da juventude observei algumas coisas que me fizeram refletir que, apesar da violência crescente e do império das drogas, uma decorrência da outra, nem tudo está perdido.
Enquanto eu caminhava, não estava sozinho, havia mais uma meia dúzia de caminhantes. Na quadra coberta havia uma turma jogando vôlei e outra turma jogando futevôlei na quadra de areia. Em uma das salas, lotada, acontecia a aula de capoeira. No palco do anfiteatro, alguns jovens dançando hip hop. No trajeto, ao passar pelo CTG Sinuelo da Amizade, que fica ao lado da praça, ouvi o som das botas dos gaudérios no assoalho, devia ser alguma invernada ensaiando. Considerando que hoje à noite a temperatura na rua está mais baixa, não tinha ninguém nos bancos nem na pista de skate, como em dias mais quentes.
Este relato é para dizer que há vida além da violência que nos assola, que nem tudo está perdido, que há muita gente preocupada com sua saúde e que tenta, apesar dos pesares, levar uma vida normal.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Cadê os leitores?

Resultado de imagem para feira do livro porto alegre 2016
Pois é, a Feira do Livro de Porto Alegre terminou hoje e desta vez vez não tive a oportunidade de ir até lá. É um sinal dos tempos difíceis que estamos vivendo, com a falta de grana, salário parcelado e por ai vai. A pouco comentávamos aqui em casa, com tristeza, que este ano não fomos na Feira. Faz parte da nossa cultura familiar visitar a feira para alimentar o hábito da leitura, que é algo natural aqui em casa. 
Os noticiários já estão divulgando as estatísticas, que dão conta de uma redução de 19% nas vendas, além de uma quantidade menor de visitantes. Não são números agradáveis, na medida em que o índice de leitura já é muito pequeno. Se ocorre uma redução na aquisição de livros, logo teremos menos leitores nos próximos meses, ou seja, menos pessoas esclarecidas, com capacidade de discernimento, de entendimento, de reação frente à realidade que nos é imposta pelos governantes de plantão.
Triste é povo que não lê. Condenado ao cabresto, à manipulação. Pronto, falei.

domingo, 23 de outubro de 2016

Estou com medo!

Resultado de imagem para narcos
Terminei de assistir as duas temporadas de Narcos, série da Netflix sobre o narcotraficante Pablo Escobar. É uma história ficcional/realista que retrata um período sombrio da Colômbia, onde a bandidagem impôs à sociedade um regime de terror com assassinatos de policiais, atentados com explosões que mataram muitos inocentes, sequestros e ameaças ao poder constituído.
O narcotráfico constituiu-se em um poder, não só pela força, mas infiltrando-se no dia-a-dia da sociedade lavando seu dinheiro sujo em empresas de fachada, praticando assistencialismo nas comunidades pobres onde o poder público não atua e também dentro deste, apoiando ou elegendo políticos simpáticos a eles ou até mesmo de dentro de suas fileiras. Pablo Escobar tentou fazer parte da política, mas não foi bem aceito no meio. Os parlamentares não aceitaram a concorrência.

Aqui no Brasil os números da violência estão assustadores e há muito tempo os nossos policiais evitam usar suas fardas no deslocamento para o trabalho, temendo serem alvos de bandidos. Além disso, Narcos nos dá outro recado. A experiência de legitimar o crime através da política é extremamente perigosa, em todas as instâncias. A banda podre da sociedade ganha força para manipular as leis a seu favor. É bom que fiquemos de olhos bem abertos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A Prisão do Cunha

Resultado de imagem para cunha
Então, prenderam o Cunha. Esta é sem sombra de dúvida a notícia da semana. Mas é engraçado observar o efeito que esta prisão causa nas pessoas. A maioria comemorou, mas nem todos pelos mesmos motivos. Há aqueles que acreditam que, finalmente, a justiça está sendo feita, afinal, estamos vendo os grandes figurões da política e do empresariado sendo presos. Há aqueles que, mesmo querendo a prisão do Cunha, ainda creem que a Operação Lava Jato é seletiva e que faz parte de uma tentativa de aniquilação de um grupo político. De minha parte me incluo no primeiro grupo e torço para que o segundo esteja errado em sua concepção de teoria da conspiração. Espero que muitos outros caiam. Candidatos a se mudarem para Curitiba é o que mais tem em Brasília. 
Cunha é um símbolo e prendê-lo dá um significado especial à operação Lava Jato. Mostra que a operação não é brincadeira, afinal mexeu com alguém poderoso, tanto que foi eleito presidente da Câmara pela maioria dos seus colegas deputados. Por causa disto, muitos estão apreensivos com uma possível delação premiada do ilustre preso. Não creio que haverá. Tal qual o José Dirceu, Cunha permanecerá coerente consigo mesmo e negará toda acusação até o final. É meu palpite.

domingo, 16 de outubro de 2016

O NOBEL É NOSSO

Resultado de imagem para bob dylan
Imagino que a Academia que escolhe aqueles que receberão os prêmios Nobel seja composta por senhores e senhoras sisudas, daqueles que leem somente textos científicos, vestidos como personagens do século XVIII e, tal qual ingleses, as 5 da tarde, rigorosamente, reúnem-se para tomar chá. Mas a Academia não fica na Inglaterra e sim na Suécia e este povo me surpreendeu este ano ao conceder o Prêmio Nobel de Literatura a um representante que não é propriamente um erudito.Bob Dylan é country? Bob Dylan é pop? Ou Bob Dylan é rock? Ele é tudo isso junto e a Academia reconheceu não apenas o seu talento musical mas a sua contribuição para o mundo da cultura. Acertou a Academia, aplausos para eles. Fiquei felicíssimo com a escolha porque, como um amante da música, me senti também um ganhador do prêmio junto com Dylan.A música é meu vício, meu calmante e ver um representante da estirpe de Bob Dylan receber um prêmio, em geral concedido a escritores, é algo de um significado maravilhoso.Parabéns a Academia e viva a música!

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Cadê o Rock?

Resultado de imagem para sexo, orégano e rock

Tenho assistido ao caça talentos XFactor, da Band, na esperança de ver algo novo na música brasileira, estou falando de rock’n roll é claro. Mas, assim como outros programas do tipo, parece que estou assistindo uma seleção de calouros de algum programa americano. A maioria dos candidatos canta em inglês e, o que é pior, quase todos eles cantam música pop americana, destas que se houve toda hora, música comercial, empurrada pelas gravadoras nas rádios.
Quando entrei em contato com o mundo da música, lá na adolescência, as rádios tocavam de tudo, tinha MPB, samba, jovem guarda, tropicália e rock. Estou falando dos anos 70, década nos deu a black music americana e a disco music. Gosto não se discute, eu sei, mas vamos combinar que a qualidade musical está cada vez pior. Nada é tão ruim que não possa piorar, e assim tem sido desde a invasão da lambada. Veio o sertanejo melódico, axé, pagode, tchê music, kalipso, sertanejo universitário, funk, putz!
Quando vieram os anos 80 tivemos uma explosão rockeira nacional, Paralamas, Ira, Legião, Titãs, Engenheiros. Parecia que tudo ia bem, mas o rock nacional desapareceu, fora algumas exceções, verdadeiras resistências no mundo comercial das rádios e gravadoras. Até a Ipanema desapareceu, confesso que fiquei órfão quando encerraram as transmissões no FM.

Felizmente nem tudo está perdido. Nas andanças motociclísticas tenho assistido boas bandas, guerreiras nas trincheiras, tocando o bom e velho rock’n roll. O rock permanece vivo, no circuito underground, mas, se não fosse assim, não seria o rock.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Mais Um

Resultado de imagem para corrupto na cadeia

Finalmente, depois de quase um ano, ontem à noite a Câmara dos Deputados cassou o mandato de Eduardo Cunha. Não é todo dia que vemos o parlamento cortar na própria carne. Ficou melhor a Câmara? Infelizmente não, pois há uma enorme quantidade de Suas Excelências respondendo a todo tipo de processos.
A cassação de Cunha, porém, não deixa de ser um bom sinal. Desde a investigação do mensalão e, principalmente, com a operação Lava Jato, a podridão da politicagem está vindo à tona. Veja bem, da politicagem e não da política, que é algo nobre em uma sociedade. Ainda é possível acreditar que dá para consertar nosso Brasil, afinal, quem já tinha visto os poderosos, de ex-ministros a altos executivos de grandes empresas, na cadeia?
Este ato da Câmara não encerra o período de depuração da corrupção, ao contrário, reforça a atuação da Lava Jato, na medida em que acaba de cair um peixe grande que responde em dois inquéritos. Espero que as investigações continuem, independente da cor partidária, corrupto é corrupto, não importa a bandeira que tenha nas mãos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Impeachment

Resultado de imagem para impeachment
Enquanto escrevo os senadores da República estão decidindo o futuro do governo da presidente Dilma. Mesmo não sendo um senador, já vou adiantando meu voto, sou a favor do impeachment. Isto não significa que sou golpista e nem que morro de amores pelo draculeano Temer. A Dilma está caindo muito mais pela sua incompetência em governar o país do que por qualquer outra coisa. Calma, cai também pela voracidade com que a corrupção se apropriou do Estado. É claro que, se os números da economia fossem bons, não haveria impeachment. Ela cai pela sua teimosia em não reconhecer os fatos. Cai, principalmente, pela soberna de seu partido e de seu líder que se auto-iludem numa fantasia de que o Brasil só existe a partir da chegada de Lula ao poder. A mesma soberda que os fez imaginar que bastaria o aval do padrinho e tudo aconteceria num passe de magia. Não aconteceu. O poder serve aos desavisados uma poção inebriante. Quem dela bebe, se lambuza. E a embriaguês do poder impediu o PT de fazer uma adequada leitura das manifestações das ruas a partir de 2013, ironicamente, onde o PT foi forjado. Nestes dias o país está vivenciando fatos que serão estudados nos livros de história, só que a história continua e, muito provavelmente, logo estaremos de volta às ruas pedindo a cabeça dos corruptos de plantão.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Conectados


Enquanto aguardava a saída do professor da sala, num intervalo entre uma e outra aula, esperávamos no corredor eu e mais nove pessoas, observei que cada um estava isolado, ninguém conversava com ninguém. Um folhava o caderno, dois estavam de mão no bolso (eu e outro, hehe) e os outros sete estavam absortos em seus celulares. Cabeças curvadas, ombros arqueados e os dedos freneticamente digitando. É o mundo novo, o ciber espaço, a vida virtual que, ao mesmo tempo em que aproxima as pessoas distantes, pelas possibilidades de contatos que oferece, distancia os que estão próximos.
Logo no início da internet, com o surgimento do e-mail, que já é quase jurássico, cheguei a pensar que as pessoas iriam ler e escrever mais. Putz, que engano, a gurizada criou uma linguagem própria para a internet, uma gíria virtual. Hoje a coisa tá pior, ninguém escreve, só usam estas porcariazinhas chamadas de emotions, que a gente fica tentando decifrar o que significam.
Tenho colegas de sala de aula que ficam literalmente plugados na internet em plena aula e vão ao desespero quando a bateria do celular acaba. É um tal de caça tomada. Já vi vários usando celular acocorados junto às tomadas, enquanto o celular carrega. Não dão descanso pro coitado.
Assim estamos nos dias de hoje, conectados com o mundo e isolados ao mesmo tempo.

A Continência dos Atletas

Está rolando uma grande polêmica sobre os fato dos atletas olímpicos patrocinados pelas Forças Armadas prestarem continência durante a execução do hino nacional. Esta polêmica é um misto de ciumeira e de ranço ideológico.
Ciumeira na medida em que, atletas que receberam o apoio necessário, tornaram-se vitoriosos em seus esportes. Mas afinal, não é exatamente o que todos nós reclamamos? Não estamos sempre criticando a falta de incentivo aos desportistas, afirmando que só há apoio ao futebol e blá, blá, blá.
Vejo ai, também, um ranço ideológico, pelo fato deste apoio vir dos militares. Isto ainda assusta muita gente pelas lembranças do período da ditadura que vivemos, não há muito tempo. Sinceramente, militares cumprindo à constituição, respeitando as instituições democráticas e, ainda por cima, apoiando nossos atletas, não me assustam. Ao contrário, dá orgulho a cada execução do hino nacional e comemoração de ouro olímpico.
Certamente este incentivo é, ao mesmo tempo, uma forma do governo federal apoiar o esporte e uma maneira de dizer ao mesmo governo que, com apoio, nossos atletas se tornarão vencedores.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sobre política



Neste momento os senadores da república estão decidindo se o processo de impeachment deve seguir adiante e se haverá a votação final, de cassação ou não, da presidente Dilma. Ao mesmo tempo, muitas manifestações estão acontecendo país afora a favor da presidente afastada, pregando o fora Temer
Paralelamente a tudo isso, surgem a todo momento nos depoimentos da lava jato, denúncias de propinas pagas ao interino Temer, ao ex-presidente Lula, a Aécio Neves e ao Serra, ambos presidenciáveis. E agora, correr pra onde? Dá pra pensar que a presidência escangalha o caráter dos políticos. Claro que não é isso, é sabido que não é o cargo que faz o caráter das pessoas.
Assim como não é novidade que o PMDB do Temer é um bicho papão que está vorazmente se alimentando dos nossos pilas, desde o governo Sarney, também nos governos tucanos e petistas a coisa não foi diferente.
Isto tudo é muito triste, pois, nossas vidas são decidas na política, queiramos ou não. Mesmo aqueles que não gostam da política, têm suas vidas diretamente afetadas pelas decisões dos políticos. Exercer a cidadania na sua plenitude não é somente ir votar no dia das eleições. Ser cidadão é participar, discutir, influenciar, ajudar a decidir o rumo da história. Pode ser a história do seu bairro, da sua sala de aula, enfim, de toda a sociedade. Quando nos abstemos deste exercício, virando as costas para a política, estamos permitindo que dela participem apenas os corruptos, aqueles que estarão nas manchetes e nas denúncias das operações lava jato.

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Afinal, sou brasileiro


Quero ver uma grande cerimônia de abertura das olimpíadas, apesar da Anita e do Safadão. 
Quero ver um espetáculo grandioso, sem atentados e com organização, que possa ser elogiado pelo mundo todo e nos deixe com sentimento de orgulho, apesar dos milhões que foram gastos, superfaturados é óbvio. Apesar dos políticos que se beneficiaram política e financeiramente falando.
Quero comemorar muitas medalhas conquistadas pelos nossos atletas, os mesmos que treinam sem apoio oficial, que muitas vezes contam somente com o apoio de uma mãe diarista que sai da cama as 4:00h e vai dormir depois da meia-noite, após um dia estafante de trabalho.
Quero chorar de emoção cada vez que ouvir o hino nacional, afinal, sou brasileiro.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A inSEGURANÇA NOSSA DE CADA DIA

Hoje é um dia atípico para os gaúchos com os protestos anunciados pelas polícias. Instaurou-se um certo clima de medo na população. Medo de não poder sair às ruas, pois não haveriam policias para garantir a segurança. Como assim? Então quer dizer que nos demais dias podemos ficar tranquilos que nossa segurança está garantida. Ops! Tem alguma coisa errada neste pânico anunciado. Nem o dia de hoje foi tão catastrófico e nem nos demais temos a proteção que necessitamos, pela qual pagamos bem caro em cada imposto recolhido.Quando se fala em segurança ou na insegurança que vivemos atualmente, sempre tem alguém para dizer que no tempo da ditadura não era assim. São os mesmos que acreditam que não havia corrupção naquela época. Grande engano. Roubos, assaltos e corrupção sempre houve, a diferença é que naquele período não eram divulgados como hoje. Claro que nos dias atuais aumentou a violência, assim como a instantaneidade da notícia. Naquele tempo não havia internet. Também não havia a liberdade de expressão e de informação que hoje temos. E justamente pela falta de liberdade é que não se sabia que a corrupção também campeava pelos altos escalões governamentais. Esta o Lula não pode dizer, que nunca antes na história desse país houve corrupção. É... talvez não com a mesma voracidade.Só para ilustrar, em 1980/81 fui assaltado duas vezes na rua, então não me digam que isto não havia, ainda era o período da ditadura militar. Nesta época se falava, não em público é claro, que nas obras das estradas, as licitações eram combinadas antes e cada construtora ganhava um trecho da obra. As mesmas construtoras que estão frequentando a Lava-Jato. No governo Sarney, o jornalista Jânio de Freitas, publicou um anúncio nos classificados da Folha de São Paulo contendo o resultado de uma licitação, cujos envelopes seriam abertos em data posterior à publicação. Tá bom, sei que já não era na ditadura, mas o Sarney é o filho dileto daquele período, legítimo representante do havia, e há, de pior em Brasília.

domingo, 31 de julho de 2016

MÚSICA É VIDA

Exatamente, música é vida. Se prestarmos atenção, há um tipo de música para cada momento, ou seja, a vida de cada um de nós tem uma trilha sonora, um fundo musical. Arnaldo Antunes, o maior poeta da música contemporânea nacional, tem uma canção chamada Música para Ouvir, onde ele vai relatando os diferentes tipos de músicas adequados a cada situação da vida.
A música é meu vício. Quando perco o sono coloco os fones de ouvido e mergulho numa viagem sonora, não há melhor calmante. Agora mesmo, enquanto escrevo, ouço Amigo Punk, da Graforréia Xilarmônica,  a pouco ouvia Magic, do Queen.
Nos esportes, as vitórias dominicais do Airton Senna nos deram o tema da vitória e aquele filme Carruagens de Fogo deixou-nos seu legado musical com uma bela canção que até hoje é usada em filmes e reportagens sobre os esportes. Ainda me lembro quando o Brasil foi tricampeão mundial de futebol, isso entrega a idade, e tinha uma música que começava assim: Noventa milhões em ação, prá frente Brasil... Puxa! Éramos menos da metade da população de hoje! E o prá frente Brasil era uma musiquinha feita de encomenda para exaltar a ditadura militar que nos governava, mas isto é outro história.
Também existem as canções que marcam a vida dos apaixonados, aquela que ouviam quando seus olhares se cruzaram ou que dançaram juntos, corpos e rostos colados, putz!, isto não existe mais.
Na trilha sonora da vida, existem situações que ainda estão carentes de uma canção que as identifiquem. Se existem músicas para funeral, chamados de réquiem, não conheço alguma que marque o nascimento, parece uma contradição, ter uma canção para celebrar a morte e não haver uma para comemorar o início da vida. Para o casamento é o contrário, enquanto temos a marcha nupcial está faltando o tema da separação. Está ai uma ideia para os compositores, haha!

Mas é isso! Música, sempre música e rock’n roll, off course.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Direitos Humanos





Assisti uma discussão de alguns colegas sobre a falta de respeito que a bandidagem tem para com a polícia nos dias de hoje. De um lado, afirmações de que a culpa desse desrespeito deve-se à proteção dos bandidos pelos defensores dos direitos humanos. De outro lado, a culpa era jogada na mídia, que não veicula com a mesma ênfase a morte de um policial, em relação à morte de um bandido. Ambos apresentando argumentação de suas teses antagônicas. Não entrei na discussão, afinal era um ouvinte à distância e nem deveria escutar a conversa alheia. Mas, eles falavam em voz alta e, se não entrei na discussão, não pude deixar de ouvi-la. Aquilo ficou martelando no meu cérebro. Como assim? A culpa ser dos defensores dos direitos humanos. Por si só, esta afirmativa já é contraditória. Quem defende os direitos humanos não tem lado, ou não deve ter. Os direitos humanos são conceitos universais que vão além da crise na segurança pública brasileira.
A primeira vez que ouvi algo sobre direitos humanos foi nos anos 70, quando vivíamos o período da ditadura militar. Direitos humanos naquele período significava denunciar a tortura, o desaparecimento e a morte daqueles que fossem contra o governo da época. Trazendo para os dias de hoje, denunciar a execução sumária de um suspeito, o desaparecimento do pedreiro Amarildo no rio de Janeiro ou uma ação de nítida e desproporcional violência, da polícia contra um protesto estudantil, é tarefa dos defensores dos direitos humanos, sim. Não se trata de diminuir a importância do aparato policial, necessário à sociedade. Também não posso concordar com a ideia de que a mídia, a grande imprensa, seja a culpada pelo deboche que a bandidagem faz à polícia. O que fazem é para impor-se no mundo do crime, aliás, não creio que eles fiquem na frente da televisão assistindo telejornais.
Para apimentar mais ainda esta discussão, lanço uma outra tese. O desrespeito que o bandido demonstra está diretamente ligado aos comportamentos desonestos de segmentos das próprias corporações policiais, muitas vezes associadas aos criminosos. É óbvio que a banda podre não representa o todo das polícias, afinal, não são policiais, mas bandidos do lado errado da mesa.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Escondidos no Perfume

Retomando minhas caminhadas hoje ao final da tarde, depois de um longo tempo de sedentarismo, deparei-me com uma cena nada agradável. Durante o trajeto, avistei dois guris, acho que tinham uns quinze ou dezesseis anos, fumando um baseado. Até ai nenhuma novidade, está cada vez mais “normal” assistirmos esta cena. Continuei a caminhada, que tinha um percurso repetitivo, então passei por eles novamente e continuavam a fumar. Um pouco depois, foram eles que passaram por mim e estavam exalando um forte perfume de desodorante, destes em spray. Primeiro um, depois o outro cruzaram por mim, e o perfume era o mesmo. De imediato saquei a jogada dos malandrinhos, tomaram banho de perfume para camuflar o cheiro da maconha que ficara impregnado neles. Detalhe, um deles usava mochila escolar, ou seja, naquele horário deveria estar a caminho de casa. Não é segredo para aqueles que me conhecem que sou radicalmente contra às drogas, por isso conto esta história, como alerta aos pais para esta estratégia dissimuladora que os adolescentes usam, a fim de não serem descobertos em suas viagens que, infelizmente, na maioria dos casos não termina em finais felizes.

domingo, 17 de julho de 2016

Quanto vale uma vida?

Todos os dias recebemos notícias que nos dizem que pessoas têm suas vidas tiradas por conta da vontade de outras pessoas. Como assim!? Como alguém pode decidir, e por em prática, o fim da vida de outra pessoa?
Mas é fato, está acontecendo a todo momento, em todo lugar, na França, na Turquia, no Rio de Janeiro e na nossa cidade, em nossa volta.
Aconteceu na França quando, um maluco dirigindo um caminhão atropelou centenas de pessoas, matando mais de oitenta delas durante as comemorações da Queda da Bastilha, justamente a data mais importante para os franceses, símbolo da Revolução Francesa que pôs fim aos regimes tirânicos de reis e rainhas. Pois este atentado está sendo reivindicado pelo Estado Islâmico como sendo de sua autoria, por alguém que teria seguido sua orientação. Daí pergunto, que orientação é esta que decide pela morte de dezenas de pessoas? Não acredito que seja orientação de Alá. Um deus não daria tal ordem, pois creio que uma religião não precisa da morte para se impor sobre as outras, aliás, nenhuma religião deve impor-se às demais.
E na Turquia, quase trezentos mortos em uma tentativa malograda de golpe militar. Quem decidiu que aqueles que fossem contra ou a favor do golpe deveriam morrer? É claro que os que decidiram não morreram. Nem o presidente turco, nem o líder militar golpista e nem mesmo o líder religioso da oposição, que está bem longe da Turquia, nos Estados Unidos. Mas então pergunto, quanto valeu aquelas vidas?
Aqui no nosso país, que vive uma terrível crise na segurança pública, pessoas são mortas diariamente. Os assassinos matam porque a vítima reage, porque não tem dinheiro para entregar, neste caso a vida não vale nada. Matam para subir de posto na hierarquia da facção a qual pertencem.
Então, o valor de uma vida será definido não pelas suas próprias escolhas, mas, pelo que ela representa nas escolhas de seu assassino.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dia do Rock?


Hoje é o dia do rock! Sim, hoje, ontem e amanhã. Para quem gosta do rock'n roll, todos os dias são dias do rock.
Não sou muito chegado a estas datas comemorativas, dia disto, dia daquilo, Mas esta data em especial tem um significado relevante. O dia 13 de julho foi escolhido por sugestão do Phil Collins devido à realização, neste dia em 1985, de um showzaço organizado pelo Bob Geldof, para arrecadar recursos para combater a fome na Etiópia. Uma causa nobre recebendo a solidariedade da melhor das músicas, o rock. Tá lá no Wikipédia, inclusive com o detalhe de que só é comemorada no Brasil.
Em meados dos anos 70 um amigo comprou um compacto do Eric Clapton, com a música I Shot the Sheriff. Ele caiu na asneira de me emprestar e por pouco não perdeu o disco, pois custei muito a devolvê-lo, hehe! Compacto para quem não conheceu é um pequeno disco de vinil com uma ou duas músicas de cada lado. Hoje seria o equivalente ao single. Foi a primeira vez que tive em minhas mãos um rock para ouvi-lo toda vez que tivesse vontade. Quase afundei nele a agulha do toca-discos, de tanto que ouvi aquela canção. Nasceu ali minha paixão por este ritmo que, para mim, é o melhor de todos. ROCK'N ROLL PRÁ VOCÊS TODOS!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

PALAVRAS 2


SENSACIONAL! FENOMENAL! MOMENTO HISTÓRICO! VERDADEIRA EPOPÉIA! HERÓICOS! GUERREIROS!
Será que alguém ai se habilita em dizer de onde saíram estas palavras? Será de um livro de aventuras? Quem sabe de uma daquelas trilogias que depois viram grandes sucessos de bilheteria nos cinemas? Hein? Hein? Hein?

Erraram feio, hehehe! Seguindo a trilha na busca pelo significado das palavras, encontrei no esporte, mais precisamente no futebol, o que talvez seja o mais apaixonante e empolgante uso das palavras. Peço desculpas aos que não gostam do esporte bretão, mas, parece que não há nada mais passional, nem as paixões propriamente ditas, do que a narração de uma partida de futebol. Todo jogo é uma batalha, uma pequena parte de algo maior, o campeonato, que na verdade é a guerra. Quando o jogo não está indo muito bem para um dos lados, com resultado desastroso (olha a palavra!), acontece aquela virada nos últimos minutos, aquele gol salvador que entrará para a história, do clube e do jogador, é claro, mas é a história. Os portugueses estão ai para provar o que digo, foram recebidos em Portugal como heróis depois de ganharem a Eurocopa, como se fossem os romanos voltando de suas conquistas. O futebol é assim, além de empolgante, capaz de debochar da história. O guerreiro heroico, um negro, que levou Portugal ao momento histórico, depois de uma verdadeira epopeia nos gramados franceses, foi o autor de um gol, marcado de maneira sensacional. Que sirva de lição para os portugueses, com seu passado escravagista, e que o futebol contribua para virar esta página. E que possamos usar as palavras para descrever fenomenais alegrias e expressá-las com o mais sensacional dos sentimentos.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

PALAVRAS


Acredito que todos já leram um provérbio que diz que a flecha lançada é como a palavra pronunciada ou algo assim, numa alusão de que não há como retroceder no que foi dito.
Mas, e se o que for dito não corresponder ao seu próprio significado? Parece complicado? Então prestem atenção em qualquer fala do Senador Renan Calheiros. Pelas suas palavras, o cara é uma aula de oratória, um digno representante do que há de melhor em comportamento republicano, um paladino da postura ética e proba que um representante do povo deve ter, ou então assistam o pronunciamento-renúncia do Eduardo Cunha (renúncia só da presidência da Câmara, não do mandato). UAU! Com que honradez que ele tem exercido seu mandato, e que retidão de caráter que é sua vida pública! É claro que toda aquela grana na Suíça e o seu espetacular enriquecimento é resultado do suor do seu trabalho, aliás, os suíços são uns mentirosos e as provas das contas bancárias que eles enviaram ao Brasil são falsas.
É esse tipo de gente que está afastando as pessoas sérias da política. Infelizmente, a política no seu sentido literal deixou de ser praticada em nosso país. Isto não é nada bom, pois desta maneira, são os sem-caráter que vão ocupando os espaços na política, tomando o poder e controlando o país, transformando o que é público numa extensão de seus quintais, apropriando-se com toda voracidade, e de todas as formas, dos recursos que deveriam estar sendo aplicados na saúde, educação, segurança, etc, etc, etc...
Mas, voltando às palavras, como é fácil dizê-las não importando se elas refletem o seu verdadeiro significado. Do jeito que elas estão sendo tratadas, o provérbio lá do início vai perder seu significado.