domingo, 31 de julho de 2016

MÚSICA É VIDA

Exatamente, música é vida. Se prestarmos atenção, há um tipo de música para cada momento, ou seja, a vida de cada um de nós tem uma trilha sonora, um fundo musical. Arnaldo Antunes, o maior poeta da música contemporânea nacional, tem uma canção chamada Música para Ouvir, onde ele vai relatando os diferentes tipos de músicas adequados a cada situação da vida.
A música é meu vício. Quando perco o sono coloco os fones de ouvido e mergulho numa viagem sonora, não há melhor calmante. Agora mesmo, enquanto escrevo, ouço Amigo Punk, da Graforréia Xilarmônica,  a pouco ouvia Magic, do Queen.
Nos esportes, as vitórias dominicais do Airton Senna nos deram o tema da vitória e aquele filme Carruagens de Fogo deixou-nos seu legado musical com uma bela canção que até hoje é usada em filmes e reportagens sobre os esportes. Ainda me lembro quando o Brasil foi tricampeão mundial de futebol, isso entrega a idade, e tinha uma música que começava assim: Noventa milhões em ação, prá frente Brasil... Puxa! Éramos menos da metade da população de hoje! E o prá frente Brasil era uma musiquinha feita de encomenda para exaltar a ditadura militar que nos governava, mas isto é outro história.
Também existem as canções que marcam a vida dos apaixonados, aquela que ouviam quando seus olhares se cruzaram ou que dançaram juntos, corpos e rostos colados, putz!, isto não existe mais.
Na trilha sonora da vida, existem situações que ainda estão carentes de uma canção que as identifiquem. Se existem músicas para funeral, chamados de réquiem, não conheço alguma que marque o nascimento, parece uma contradição, ter uma canção para celebrar a morte e não haver uma para comemorar o início da vida. Para o casamento é o contrário, enquanto temos a marcha nupcial está faltando o tema da separação. Está ai uma ideia para os compositores, haha!

Mas é isso! Música, sempre música e rock’n roll, off course.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Direitos Humanos





Assisti uma discussão de alguns colegas sobre a falta de respeito que a bandidagem tem para com a polícia nos dias de hoje. De um lado, afirmações de que a culpa desse desrespeito deve-se à proteção dos bandidos pelos defensores dos direitos humanos. De outro lado, a culpa era jogada na mídia, que não veicula com a mesma ênfase a morte de um policial, em relação à morte de um bandido. Ambos apresentando argumentação de suas teses antagônicas. Não entrei na discussão, afinal era um ouvinte à distância e nem deveria escutar a conversa alheia. Mas, eles falavam em voz alta e, se não entrei na discussão, não pude deixar de ouvi-la. Aquilo ficou martelando no meu cérebro. Como assim? A culpa ser dos defensores dos direitos humanos. Por si só, esta afirmativa já é contraditória. Quem defende os direitos humanos não tem lado, ou não deve ter. Os direitos humanos são conceitos universais que vão além da crise na segurança pública brasileira.
A primeira vez que ouvi algo sobre direitos humanos foi nos anos 70, quando vivíamos o período da ditadura militar. Direitos humanos naquele período significava denunciar a tortura, o desaparecimento e a morte daqueles que fossem contra o governo da época. Trazendo para os dias de hoje, denunciar a execução sumária de um suspeito, o desaparecimento do pedreiro Amarildo no rio de Janeiro ou uma ação de nítida e desproporcional violência, da polícia contra um protesto estudantil, é tarefa dos defensores dos direitos humanos, sim. Não se trata de diminuir a importância do aparato policial, necessário à sociedade. Também não posso concordar com a ideia de que a mídia, a grande imprensa, seja a culpada pelo deboche que a bandidagem faz à polícia. O que fazem é para impor-se no mundo do crime, aliás, não creio que eles fiquem na frente da televisão assistindo telejornais.
Para apimentar mais ainda esta discussão, lanço uma outra tese. O desrespeito que o bandido demonstra está diretamente ligado aos comportamentos desonestos de segmentos das próprias corporações policiais, muitas vezes associadas aos criminosos. É óbvio que a banda podre não representa o todo das polícias, afinal, não são policiais, mas bandidos do lado errado da mesa.

terça-feira, 19 de julho de 2016

Escondidos no Perfume

Retomando minhas caminhadas hoje ao final da tarde, depois de um longo tempo de sedentarismo, deparei-me com uma cena nada agradável. Durante o trajeto, avistei dois guris, acho que tinham uns quinze ou dezesseis anos, fumando um baseado. Até ai nenhuma novidade, está cada vez mais “normal” assistirmos esta cena. Continuei a caminhada, que tinha um percurso repetitivo, então passei por eles novamente e continuavam a fumar. Um pouco depois, foram eles que passaram por mim e estavam exalando um forte perfume de desodorante, destes em spray. Primeiro um, depois o outro cruzaram por mim, e o perfume era o mesmo. De imediato saquei a jogada dos malandrinhos, tomaram banho de perfume para camuflar o cheiro da maconha que ficara impregnado neles. Detalhe, um deles usava mochila escolar, ou seja, naquele horário deveria estar a caminho de casa. Não é segredo para aqueles que me conhecem que sou radicalmente contra às drogas, por isso conto esta história, como alerta aos pais para esta estratégia dissimuladora que os adolescentes usam, a fim de não serem descobertos em suas viagens que, infelizmente, na maioria dos casos não termina em finais felizes.

domingo, 17 de julho de 2016

Quanto vale uma vida?

Todos os dias recebemos notícias que nos dizem que pessoas têm suas vidas tiradas por conta da vontade de outras pessoas. Como assim!? Como alguém pode decidir, e por em prática, o fim da vida de outra pessoa?
Mas é fato, está acontecendo a todo momento, em todo lugar, na França, na Turquia, no Rio de Janeiro e na nossa cidade, em nossa volta.
Aconteceu na França quando, um maluco dirigindo um caminhão atropelou centenas de pessoas, matando mais de oitenta delas durante as comemorações da Queda da Bastilha, justamente a data mais importante para os franceses, símbolo da Revolução Francesa que pôs fim aos regimes tirânicos de reis e rainhas. Pois este atentado está sendo reivindicado pelo Estado Islâmico como sendo de sua autoria, por alguém que teria seguido sua orientação. Daí pergunto, que orientação é esta que decide pela morte de dezenas de pessoas? Não acredito que seja orientação de Alá. Um deus não daria tal ordem, pois creio que uma religião não precisa da morte para se impor sobre as outras, aliás, nenhuma religião deve impor-se às demais.
E na Turquia, quase trezentos mortos em uma tentativa malograda de golpe militar. Quem decidiu que aqueles que fossem contra ou a favor do golpe deveriam morrer? É claro que os que decidiram não morreram. Nem o presidente turco, nem o líder militar golpista e nem mesmo o líder religioso da oposição, que está bem longe da Turquia, nos Estados Unidos. Mas então pergunto, quanto valeu aquelas vidas?
Aqui no nosso país, que vive uma terrível crise na segurança pública, pessoas são mortas diariamente. Os assassinos matam porque a vítima reage, porque não tem dinheiro para entregar, neste caso a vida não vale nada. Matam para subir de posto na hierarquia da facção a qual pertencem.
Então, o valor de uma vida será definido não pelas suas próprias escolhas, mas, pelo que ela representa nas escolhas de seu assassino.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Dia do Rock?


Hoje é o dia do rock! Sim, hoje, ontem e amanhã. Para quem gosta do rock'n roll, todos os dias são dias do rock.
Não sou muito chegado a estas datas comemorativas, dia disto, dia daquilo, Mas esta data em especial tem um significado relevante. O dia 13 de julho foi escolhido por sugestão do Phil Collins devido à realização, neste dia em 1985, de um showzaço organizado pelo Bob Geldof, para arrecadar recursos para combater a fome na Etiópia. Uma causa nobre recebendo a solidariedade da melhor das músicas, o rock. Tá lá no Wikipédia, inclusive com o detalhe de que só é comemorada no Brasil.
Em meados dos anos 70 um amigo comprou um compacto do Eric Clapton, com a música I Shot the Sheriff. Ele caiu na asneira de me emprestar e por pouco não perdeu o disco, pois custei muito a devolvê-lo, hehe! Compacto para quem não conheceu é um pequeno disco de vinil com uma ou duas músicas de cada lado. Hoje seria o equivalente ao single. Foi a primeira vez que tive em minhas mãos um rock para ouvi-lo toda vez que tivesse vontade. Quase afundei nele a agulha do toca-discos, de tanto que ouvi aquela canção. Nasceu ali minha paixão por este ritmo que, para mim, é o melhor de todos. ROCK'N ROLL PRÁ VOCÊS TODOS!!!

segunda-feira, 11 de julho de 2016

PALAVRAS 2


SENSACIONAL! FENOMENAL! MOMENTO HISTÓRICO! VERDADEIRA EPOPÉIA! HERÓICOS! GUERREIROS!
Será que alguém ai se habilita em dizer de onde saíram estas palavras? Será de um livro de aventuras? Quem sabe de uma daquelas trilogias que depois viram grandes sucessos de bilheteria nos cinemas? Hein? Hein? Hein?

Erraram feio, hehehe! Seguindo a trilha na busca pelo significado das palavras, encontrei no esporte, mais precisamente no futebol, o que talvez seja o mais apaixonante e empolgante uso das palavras. Peço desculpas aos que não gostam do esporte bretão, mas, parece que não há nada mais passional, nem as paixões propriamente ditas, do que a narração de uma partida de futebol. Todo jogo é uma batalha, uma pequena parte de algo maior, o campeonato, que na verdade é a guerra. Quando o jogo não está indo muito bem para um dos lados, com resultado desastroso (olha a palavra!), acontece aquela virada nos últimos minutos, aquele gol salvador que entrará para a história, do clube e do jogador, é claro, mas é a história. Os portugueses estão ai para provar o que digo, foram recebidos em Portugal como heróis depois de ganharem a Eurocopa, como se fossem os romanos voltando de suas conquistas. O futebol é assim, além de empolgante, capaz de debochar da história. O guerreiro heroico, um negro, que levou Portugal ao momento histórico, depois de uma verdadeira epopeia nos gramados franceses, foi o autor de um gol, marcado de maneira sensacional. Que sirva de lição para os portugueses, com seu passado escravagista, e que o futebol contribua para virar esta página. E que possamos usar as palavras para descrever fenomenais alegrias e expressá-las com o mais sensacional dos sentimentos.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

PALAVRAS


Acredito que todos já leram um provérbio que diz que a flecha lançada é como a palavra pronunciada ou algo assim, numa alusão de que não há como retroceder no que foi dito.
Mas, e se o que for dito não corresponder ao seu próprio significado? Parece complicado? Então prestem atenção em qualquer fala do Senador Renan Calheiros. Pelas suas palavras, o cara é uma aula de oratória, um digno representante do que há de melhor em comportamento republicano, um paladino da postura ética e proba que um representante do povo deve ter, ou então assistam o pronunciamento-renúncia do Eduardo Cunha (renúncia só da presidência da Câmara, não do mandato). UAU! Com que honradez que ele tem exercido seu mandato, e que retidão de caráter que é sua vida pública! É claro que toda aquela grana na Suíça e o seu espetacular enriquecimento é resultado do suor do seu trabalho, aliás, os suíços são uns mentirosos e as provas das contas bancárias que eles enviaram ao Brasil são falsas.
É esse tipo de gente que está afastando as pessoas sérias da política. Infelizmente, a política no seu sentido literal deixou de ser praticada em nosso país. Isto não é nada bom, pois desta maneira, são os sem-caráter que vão ocupando os espaços na política, tomando o poder e controlando o país, transformando o que é público numa extensão de seus quintais, apropriando-se com toda voracidade, e de todas as formas, dos recursos que deveriam estar sendo aplicados na saúde, educação, segurança, etc, etc, etc...
Mas, voltando às palavras, como é fácil dizê-las não importando se elas refletem o seu verdadeiro significado. Do jeito que elas estão sendo tratadas, o provérbio lá do início vai perder seu significado.