Todos os dias recebemos
notícias que nos dizem que pessoas têm suas vidas tiradas por conta da vontade
de outras pessoas. Como assim!? Como alguém pode decidir, e por em prática, o
fim da vida de outra pessoa?
Mas é fato, está acontecendo
a todo momento, em todo lugar, na França, na Turquia, no Rio de Janeiro e na nossa
cidade, em nossa volta.
Aconteceu na França quando, um
maluco dirigindo um caminhão atropelou centenas de pessoas, matando mais de
oitenta delas durante as comemorações da Queda da Bastilha, justamente a data
mais importante para os franceses, símbolo da Revolução Francesa que pôs fim aos
regimes tirânicos de reis e rainhas. Pois este atentado está sendo reivindicado
pelo Estado Islâmico como sendo de sua autoria, por alguém que teria seguido
sua orientação. Daí pergunto, que orientação é esta que decide pela morte de
dezenas de pessoas? Não acredito que seja orientação de Alá. Um deus não daria
tal ordem, pois creio que uma religião não precisa da morte para se impor sobre
as outras, aliás, nenhuma religião deve impor-se às demais.
E na Turquia, quase trezentos
mortos em uma tentativa malograda de golpe militar. Quem decidiu que aqueles
que fossem contra ou a favor do golpe deveriam morrer? É claro que os que
decidiram não morreram. Nem o presidente turco, nem o líder militar golpista e
nem mesmo o líder religioso da oposição, que está bem longe da Turquia, nos
Estados Unidos. Mas então pergunto, quanto valeu aquelas vidas?
Aqui no nosso país, que vive
uma terrível crise na segurança pública, pessoas são mortas diariamente. Os assassinos
matam porque a vítima reage, porque não tem dinheiro para entregar, neste caso
a vida não vale nada. Matam para subir de posto na hierarquia da facção a qual
pertencem.
Então, o valor de uma vida
será definido não pelas suas próprias escolhas, mas, pelo que ela representa
nas escolhas de seu assassino.
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