Hoje é um dia atípico para
os gaúchos com os protestos anunciados pelas polícias. Instaurou-se um certo
clima de medo na população. Medo de não poder sair às ruas, pois não haveriam
policias para garantir a segurança. Como assim? Então quer dizer que nos demais
dias podemos ficar tranquilos que nossa segurança está garantida. Ops! Tem alguma
coisa errada neste pânico anunciado. Nem o dia de hoje foi tão catastrófico e
nem nos demais temos a proteção que necessitamos, pela qual pagamos bem caro em
cada imposto recolhido.Quando se fala em segurança
ou na insegurança que vivemos atualmente, sempre tem alguém para dizer que no
tempo da ditadura não era assim. São os mesmos que acreditam que não havia
corrupção naquela época. Grande engano. Roubos, assaltos e corrupção sempre houve,
a diferença é que naquele período não eram divulgados como hoje. Claro que nos
dias atuais aumentou a violência, assim como a instantaneidade da notícia. Naquele
tempo não havia internet. Também não havia a liberdade de expressão e de
informação que hoje temos. E justamente pela falta de liberdade é que não se
sabia que a corrupção também campeava pelos altos escalões governamentais. Esta
o Lula não pode dizer, que nunca antes na história desse país houve corrupção.
É... talvez não com a mesma voracidade.Só para ilustrar, em 1980/81
fui assaltado duas vezes na rua, então não me digam que isto não havia, ainda
era o período da ditadura militar. Nesta época se falava, não em público é
claro, que nas obras das estradas, as licitações eram combinadas antes e cada
construtora ganhava um trecho da obra. As mesmas construtoras que estão
frequentando a Lava-Jato. No governo Sarney, o jornalista Jânio de Freitas,
publicou um anúncio nos classificados da Folha de São Paulo contendo o
resultado de uma licitação, cujos envelopes seriam abertos em data posterior à
publicação. Tá bom, sei que já não era na ditadura, mas o Sarney é o filho
dileto daquele período, legítimo representante do havia, e há, de pior em
Brasília.